Trabalhos de transição entre antigo gabinete de Teori e o de Fachin já começaram; em nota, ministro afirma que essa será uma forma de homenagear o 'saudoso amigo e magistrado'

Sorteado
novo relator da Operação Lava Jato nesta quinta-feira, 2, o ministro
Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, prometeu conduzir o caso
com "prudência, celeridade, responsabilidade e transparência". Em nota
divulgada por seu gabinete, o ministro afirma que essa será uma forma de
homenagear o "saudoso amigo e magistrado" Teori Zavascki, antigo
relator das investigações sobre a Petrobrás e morto em um desastre aéreo
no último dia 19.
Os
trabalhos de transição entre o antigo gabinete de Teori e o de Fachin
já começaram. Apesar de já ter pedido para deixar o STF, o juiz Marcio
Shiefler, braço direito de Teori, ainda circula pelo Tribunal ajudando
na transição.
"O
ministro Edson Fachin, a quem, na forma regimental, foram
redistribuídos nesta data os processos vinculados à denominada Operação
Lava Jato, reconhece a importância dos novos encargos e reitera seu
compromisso de cumprir seu dever com prudência, celeridade,
responsabilidade e transparência, com o que pretende, também, homenagear
o saudoso amigo e magistrado, o eminente ministro Teori Zavascki, que
muito honrou e sempre honrará esta Suprema Corte e a sociedade
brasileira, exemplo de magistrado sereno, técnico, independente e
imparcial", diz trecho da nota.
Na
nota, o gabinete de Fachin confirma que iniciou o trabalho em conjunto
com a equipe que trabalhava com Teori Zavascki. O ministro ainda diz
possuir "confiança inabalável" de que o STF irá "realizar a Justiça com
independência e imparcialidade", cumprindo a Constituição, leis penais e
os prazos devidos.
Sorteio
Fachin
migrou da Primeira Turma para a Segunda Turma do Tribunal após a morte
de Teori Zavascki e, no sorteio eletrônico realizado nesta quinta-feira,
foi designado novo relator da Lava Jato. Além de herdar as 77 delações
de executivos da Odebrecht, Fachin será responsável por todos os
inquéritos e denúncias já em curso contra políticos supostamente
envolvidos no esquema de corrupção na Petrobrás.
Na
nota, o gabinete de Fachin diz contar com "o esteio da digníssima
presidente Cármen Lúcia", para fins de recursos humanos, técnicos e de
infraestrutura necessários para a transição dos processos da Lava Jato.
Ele também diz contar com os colegas da Segunda Turma e demais
integrantes do STF.